domingo, 24 de maio de 2009

Mais uma para os Vegetarianos

A salsa das salsas. Algumas pessoas cometem o sacrilégio de parar de comer carne. Não consigo compreender como podem sobreviver... hehehe. Para estas pessoas vai aí mais uma receita produzida somente com vegetais. O Guacamole é um prato típico do Mexico. Caliente e delicioso. É uma entrada muito fácil de preparar e acompanha torradas, tortilhas de milho ou doritos. Pode ser feito com pouca ou nenhuma pimenta, mas eu gosto desta salsa bem picante.

Guacamole




2 abacates pequenos maduros
2 tomates maduros descascados sem semente e milimetricamente picados
½ cebola milimetricamente picada
1 colher (sopa) de coentro milimetricamente picado
2 dentes de alho amassados e picados.
5 colheres (sopa) de cebolinha picada.
Sumo de um limão siciliano.
1 pimenta dedo-de-moça milimetricamente cortada.
Sal a gosto

Modo de preparar

Amasse bem os abacates e misture com os outros ingredientes. Se gostares de pimenta podes colocar mais uma, mas se não gostares pode eliminar este ingrediente.

domingo, 26 de abril de 2009

Nouvelle Cuisine

A cozinha francesa é fantástica, mas eu gosto é da tradicional. Nada de nouvelle cuisine com porções pequenas. Eu sou do prato de obreiro... hehehehe. Deve ser a minha origem.
Dos pratos da cozinha francesa que eu preparo o mais parecido com os padrões da nouvelle cuisine é o vol-au-vent, um prato bem leve que vai bem como entrada em muitas ocasiões.

Vol-au-vent de frango



Ingredientes

1 cebola média milimetricamente cortada
4 talos de aipo milimetricamente cortados
1 colher (sopa) de manteiga
500g de frango picado
1 colher (sopa) de salsa picada
450g de massa folhada
1 colher (café) de açafrão da terra ou curry
1 ovo

Modo de preparar

Puxe a cebola e o aipo na manteiga, adicione o peito de frango. Tempere com sal, açafrão e a salsa. Junte a nata e deixe ferver. Estenda a massa folhada e corte-a em pequenos retângulos. Pincele com ovo batido e marque sobre cada um, um retângulo menor. Leve ao forno pré-aquecido a 180° C, por 20 minutos ou até dourar. Retire os folhados do forno; retire a tampa e recheie com o preparado de frango.

domingo, 5 de abril de 2009

De volta com risoto

Fiquei um pouco afastado da culinária em função do trabalho, mas agora estou de volta. E nada melhor pra recomeçar do que um belo risoto. Depois de nos esbaldarmos com aquela deliciosa carne de panela deixada por muitos minutos na pressão podemos utilizar as sobras pra fazermos um risoto.


Risoto de carne de panela


500g de carne de panela (sobras) desfiada
1 cebola média milimetricamente cortada
1 ramo de alecrim
1 l de caldo de carne
1 xícara de arroz arbório
1 Xícara de vinho branco seco

Modo de preparar

Frite a cebola até que fique transparente, coloque o arroz, mexa, coloque o vinho e deixe-o ser sorvido pelo arroz. Vá deitando o caldo de carne a medida que o arroz for secando. Quando o arroz estiver al dente coloque a carne desfiada e as folhas de alecrim grosseiramente cortadas. Depois de desligar o fogo acrescente uma colher de manteiga e mexa.
Acompanhe com o vinho que utilizaste para fazer o risoto. Eu uso, geralmente, um Chardonay.

domingo, 1 de março de 2009

Peito de frango

Dá pra fazer muitas coisas com frango. E todas muito boas. Como no gado bovino, tem as partes nobres e as partes não tão nobres assim. Eu prefiro as últimas. Não posso negar minha origem. Raramente uso peito de frango em uma receita. Mas se eu colocar no blog uma receita com peito de frango, podes ter certeza que vai ficar uma delícia.


Peito de frango recheado com ervas, presunto e queijo


Ingrediente

500g de file de peito de frango
1 colher (sopa) de manjericão picado
1 colher (sopa) de manjerona picado
½ colher (sopa) de alecrim picado
1 colher (sopa) de tomilho
1 colher (sopa) de hortelã picado
4 colheres (sopa) de shoyu
Sal a gosto
100g de presunto em fatias
100g de queijo mozarela em fatias

Modo de preparar

Bata os filés de frango com as costas de uma faca para ficarem mais finos e coloque-os dentro de um saco com shoyu por 12 horas aproximadamente. Coloque sal e a mistura de ervas sobre o filé, enrole, envolva em papel alumínio e deixe na água fervente por 15 minutos. Desenrole e leve a uma grelha. Quando estiver dourado tire da grelha corte em fatias e sirva.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Usando a imaginação

Nem sempre é preciso preparar pratos sofisticados para deliciar seus comensais. Muitas vezes um prato simples pode surpreender. Saltear vegetais na manteiga com azeite pode ser divertido e produzir um excelente prato.
Saltear é uma técnica de cozimento indicado para alimentos de pouca espessura. Geralmente é feito em fogo alto, num recipiente descoberto, com uma gordura preaquecida e provoca a douração superficial dos produtos.
Aqui vai uma sugestão,mas podes usar a imaginação quanto aos vegetais que serão salteados.



Vegetais salteado
Ingredientes

100g de cenouras cortadas em tiras
100g de abobrinha italiana cortada em pedaços
1 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de azeite
1 pitada de tomilho seco
Sal a gosto

Modo de preparar

Cozinhe a cenoura por alguns minutos, sem que fique muito mole. Numa panela wok (se não tiveres use uma frigideira funda) aqueça a manteiga e o azeite, coloque os vegetais, o tomilho e o sal. Salteie até que a abobrinha fique levemente dourada.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Massa de panqueca

A pedido do Kollé aí vai uma receita de massa de panqueca. Não é minha especialidade, mas Pode confiar que a massa é sucesso garantido.

Ingredientes

1 xícara de leite
1 e 1/2 Xícara de farinha
2 ovos
sal a gosto
1 colher (sopa) de azeite ou óleo

Modo de preparar

Bata tudo no liquidificador. depois, com uma concha, coloque um pouco de massa na frigideira com um fio de azeite e espalhe rapidamente mexendo a frigideira em movimentos circulares. deixe alguns minutos e vire a massa. Pronto, podes rechear de acordo com a sua imaginação.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sobras

Muitos pratos foram criados na adversidade, como a feijoada por exemplo. Com as sobras da casa grande os escravos faziam um cozido com feijão que hoje é um típico prato brasileiro. Espero que o Luiz da Câmara Cascudo não tenha acesso a este blog de onde ele está, já que ele não concorda com está versão. Segundo ele já existia um cozido com feijão e sobras de porco em Portugal e foram os portugueses que trouxeram para a colônia o prato que deu início ao longo caminho da feijoada. Eu também crio pratos com o que está sobrando em casa. Não usei todo o salmão para fazer o tagliatelle com salmão e espinafre. Então, no outro dia, usei a sobra de salmão, uma lata de tomate pelado que tinha sobrado de outra receita e misturei com manjericão da nossa “plantação”. Fiz um risoto. Ficou tão bom que cancelei o prato que iria fazer para o aniversário do Bruno e mandei ver neste novo prato. Resultado: o Bruno e a Thaís adoraram. Claro que ainda vou aperfeiçoar esta receita, mas decidi postá-la no blog para que todos passam acompanhar a evolução deste prato.



Risoto de salmão com tomate e manjericão



Ingredientes

400g de salmão
½ lata de tomates pelados picados
½ xícara de folhas de manjericão
1 xícara de arroz arbório
1 xícara de vinho branco chardonay
1 cebola média picada
2 colheres (sopa) de manteiga
6 colheres (sopa) de azeite
1l de caldo de galinha

Modo de preparar

Numa panela frite a cebola na manteiga com 2 colheres de azeite. Quando a cebola estiver ficando transparente acrescente o arroz, mexa e coloque o vinho. Depois que o arroz sorver o vinho, vá deitando o caldo de galinha a medida que este vai secando até que o arroz fique al dente. Enquanto estiver fazendo o arroz, pegue uma frigideira e frite o salmão no restante do azeite por 5 minutos. Coloque os tomates e um pouco do suco que fica na lata. Deixe mais 5 minutos e acrescente o manjericão. Deixe mais um minuto e desligue o fogo. Quando o arroz estiver al dente misture o preparado de salmão. O chardonay combinou bem com o prato.



sábado, 7 de fevereiro de 2009

O fantástico salmão

O salmão é um peixe fantástico – os ursos pardos da taiga americana que o digam – não só pelo sabor, mas também pela incrível jornada que fazem para se reproduzir. Salmões são peixes eurialinos, ou seja, suportam bem mudanças de salinidade. Porém, quando chegam ao local de reprodução estão exaustos e doentes, pois encontram no rio microrganismos aos quais não estão adaptados. Acabam morrendo. Mas não sem antes deixarem seus gametas na água para que se fecundem e possa nascer mais uma população de salmões que viverão no mar até o dia em que terão que voltar para o rio e fazer a mesma coisa que seus pais fizeram: procriar e morrer. Bem, eu não posso falar em salmão sem colocar uma receita ou outra neste blog. A vida do salmão é muito bonita, muito romântica, mas bom mesmo é este bichinho fazendo parte de algum prato.

Tagliatelle com salmão e espinafre


Ingredientes

250g de tagliatelle
400g de salmão
1 lata de creme de leite
1 ramo de cebolinha picada
3 xícaras de folhas de espinafre
azeite
Sal a gosto

Modo de preparar

Coloque o tagliatelle numa panela com água fervente e sal. Corte o salmão em pedaços e frite numa frigideira funda por 5 minutos. Em seguida coloque a cebolinha e o creme de leite. Deixe mais 5 minutos. Coloque as folhas de espinafre, acerte o sal e deixe murchar. Aproximadamente 5 minutos. Quando a massa estiver pronta despeje sobre o molho, misture tudo e sirva. Eu costumo harmonizar com um vinho sauvignon Blanc chileno ou outro vinho que tenha boa acidez.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Receitas da Nigella

Eu adoro as receitas da Nigella Lawson, uma chef britânica que come feito uma leitoa, mas tá sempre nos trinques. O programa dela passa na GNT. Apesar de que eu notei um sutil aumento em seus quadris, mas tudo bem considerando a quantidade de rango que ela devora. Se eu comece daquele jeito já poderia fazer teste para substituir aquele gordo do seriado Lost.
Invadir e saquear os indianos não fez bem somente para a economia inglesa, eles incorporaram a culinária dos colonizados também. Vamos combinar: os ingleses não têm nada de bom na sua culinária tradicional. Alguém lembra de algum prato da culinária inglesa que não tenha elementos das colônias?
Outro dia a Nigella fez uma receita indiana que eu repeti em casa com algumas modificações, pois nem sempre se encontra os ingredientes que ela usa no Zaffari aqui do bairro. Mas mesmo modificando um pouquinho o prato, ficou muito bom.



Arroz com frango no marinado de iogurte, limão e canela


Ingredientes

1 e ½ xícara de Arroz basmati (eu usei um parboilizado. Não tinha basmati no Zaffari)
50g de amêndoas laminadas
50g de castanha-do-Pará (está parte eu inventei. Obviamente não tem castanha-do-pará na Índia).
3 xícaras de caldo de frango
1 pote de iogurte natural
1 limão
Canela moída
700g de pedaços de peito de frango
Azeite
1 ramo de salsinha milimetricamente picada

Modo de preparar
Deixe o frango marinando no iogurte, suco do limão e canela por, no mínimo, 12 horas. Em uma panela coloque um pouco de azeite e frite um pouco o arroz. Derrame o caldo de carne e quando começar a ferver baixe o fogo. Numa frigideira torre levemente as amêndoas e a castanha-do-pará e reserve. Numa frigideira frite o frango com um pouco de azeite e reserve.Quando o arroz estiver pronto, misture tudo e salpique a salsinha por cima.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os italianos e suas massas

A massa de grano duro é feita com o trigo da espécie Triticum durum. Este tipo de trigo apresenta glúten com maior elasticidade o que possibilita a fabricação de uma massa que fique al dente mesmo depois de passar do ponto de cozimento. Apesar de os italianos não serem os primeiros a comer macarrão – em 2005 arqueólogos chineses descobriram um fio de macarrão de 50 cm com cerca de 4000 anos de idade – eles inventaram a tecnologia da produção de massas e fazem os mais variados pratos utilizando esse alimento. A empresa italiana Barilla produz massas desde 1877 e a De cecco desde 1886. Experiência é o que não falta pra eles. Hoje vou postar um prato que tem certo clima nostálgico pra mim, pois está no primeiro livro de receitas que comprei em meados de 1995. Este prato é típico do sul da Itália e, como muitos pratos da cozinha italiana, é bem fácil de preparar. Excelente para aqueles momentos em que queremos preparar um prato para impressionar um convidado e não temos muito tempo ou quando alguém te pede uma receita, pois não tem idéia do que vai preparar para o jantar. Este prato é sucesso garantido.



Pasta al tono

Ingredientes
250g de massa tipo espaguete de grano duro
1 lata de creme de leite
2 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de azeite
1 gema de ovo
30g de queijo parmesão ralado
1 lata de atum em água
½ ramo de salsinha picada
Sal e pimenta-do-reino (moída na hora) a gosto

Modo de preparar
Em um recipiente misture o creme de leite, 1 colher de manteiga derretida, a gema, o queijo, sal e pimenta. Misture bem e reserve. Coloque a massa em água fervente e adicione sal a gosto. Enquanto a massa fica pronta misture a salsinha com o atum escorrido e frite na manteiga restante com azeite. Quando a massa estiver al dente, escorra, misture tudo e sirva. Eu costumo harmonizar com um vinho de uvas chardonnay, mas também fica muito bom com um Riesling alemão. Quero lembrara as leitoras e leitores que minhas harmonizações são completamente empíricas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Cozinha do Mediterâneo

O tomate é um fruto, pois se origina do desenvolvimento do ovário da flor. O tomateiro é uma angiosperma dicotiledônea. Este fruto, apesar de amplamente utilizado na Europa, é originário da América central. Os europeus que vieram saquear as Américas além de destruírem os aborígenes que aqui viviam também levaram algumas plantas endêmicas para Europa. A cozinha mediterrânea e principalmente a italiana se utilizam muito deste fruto. A postagem de hoje é sobre um prato típico da cozinha mediterrânea indicado para o verão por ser bem leve.


Lombo de porco com tomate e pepino


Ingredientes
12 fatias finas de lombo de porco
1 ovo
2 pitada de tomilho seco
1 e ½ Xícara de farinha de rosca
2 pepinos pequenos
1 lata de tomates pelados picados
2 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
3 colheres (sopa) de azeite (extra virgem que tem acidez máxima em 0,5%)
Óleo para fritar (qualquer um menos o horroroso óleo de soja)
Sal a gosto

Modo de preparar
Bata o ovo com uma pitada de tomilho. Tempere as fatias de lombo com sal, passe na mistura e depois na farinha de rosca. Aperte bem para aderir o empanamento. Frite as fatias e reserve em papel absorvente.
Lave e escorra os pepinos, retire as cascas e corte em fatias bem finas.
Numa tigela, emulsione o azeite com o vinagre, uma pitada de sal e uma pitada de tomilho. Empilhe as fatias de lombo alternando cada uma delas com algumas fatias de pepino e o picado de tomate. Regue tudo com o vinagrete preparado e sirva imediatamente. Eu costumo harmonizar este prato com um vinho sauvignon Blanc chileno.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Risoto de picanha

O risoto é um prato muito versátil. A base, como já escrevi neste blog, é arroz arbório ou carnaroli (existem outros, especiais pra risoto, mas estes são os mais utilizados), cebola, vinho branco e caldo de carnes ou legumes. Mas o mais interessante do risoto é que nos permite inúmeras variações. Só depende da imaginação do cozinheiro. Vou postar uma de minhas invenções muito apreciada por todos que já tiveram a oportunidade de provar esta delícia.


Risoto de picanha



Ingredientes

400g de picanha cortada em iscas
100g de bacon picado
2 dentes de alho picado
Alecrim a gosto
1 xícara de arroz arbório ou carnaroli
Azeite
2 colheres (sopa) manteiga
1 cebola média picada
1 xícara de vinho tinto (o mesmo que servirá acompanhando o risoto. Sugiro um cabernet sauvignon)
Sal e pimenta-do-reino a gosto
1 litro de Caldo de picanha

Modo de preparar
Frite a cebola na manteiga com um pouco de azeite. Quando estiver ficando transparente acrescente o arroz, mexa, acrescente o vinho, mexa e deixe o arroz sorver o vinho. Em seguida vá deitando o caldo à medida que for secando até que o arroz fique al dente. Enquanto o arroz está cozinhando pegue uma frigideira, frite o bacon com um pouco de azeite. Quando o bacon estiver pronto acrescente o alho, a picanha e o alecrim. Quando o arroz estiver al dente e a picanha pronta junte tudo acerte o sal, a pimenta e sirva. O sal pode ser colocado a qualquer momento do cozimento, mas a pimenta deve ser colocada no final.

domingo, 11 de janeiro de 2009

laboratório de esfiha

A esfiha (grafia mais comum) é um prato originário da Síria e do Líbano, mas difundido por todo o Oriente Médio. Aqui no Brasil o Habibi’s tornou a esfiha aberta um prato muito acessível pelo preço e sabor. O preparo simples permite inúmeras variações de cobertura. Ontem fizemos mais um de nossos laboratórios culinários, no qual os comensais provam minhas experiências que nem sempre alcançam o resultado que espero, na casa do Bruno e da Thaís (a ordem dos nomes é alfabética, não hierárquica). Mas ontem saiu como esperado. Então é mais uma receita que posso compartilhar com os leitores e leitoras deste blog

Esfiha aberta de carne



Massa

500g de farinha de trigo
10g de fermento biológico seco instantâneo
1 ovo
1/3 de Xícara de óleo ou azeite
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de açúcar
Leite morno

Modo de preparar

Misture a farinha e o fermento. Em seguida misture os outros ingredientes e vá derramando leite até obter o ponto da massa, ou seja, ela ainda gruda um pouco nas mãos, mas depois de algum tempo sovando a massa desgruda paulatinamente. Sove por, pelo menos, 5 minutos intensamente. Faça bolinhas e deixe descansar por 30 minutos ou até que dobrem de tamanho.

Cobertura

500g de carne moída
1 cebola média milimetricamente picada
2 dentes de alho milimetricamente picados
1 pimentão vermelho picado
100g de bacon picado
2 colheres (sopa) de azeite
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de amido de milho
Sal e pimenta síria a gosto

Modo de preparar

Frite o bacon por alguns minutos coloque a cebola e deixe fritar por mais alguns minutos. Misture a carne e o alho. Quando a carne estiver quase pronta coloque o pimentão e tempere com sal e pimenta síria. No final coloque o amido de milho diluído em meia xícara de água fria.
Mexa bem e deixe esfriar.

Montagem

Abra as bolinhas de massa do centro para a periferia deixando bordas. Coloque numa forma untada e ponha um pouco de cobertura em cada uma. Leve ao forno alto por, aproximadamente, 10 minutos ou até que o fundo da esfiha fique levemente tostado. Ontem nós harmonizamos as esfihas com vinho branco começando com um salvignon Blanc chileno e depois um chardanay da mesma região. Acho que o chardonay combinou mais com o prato. Mas não tem nada melhor do que a experiência de cada um na harmonização dos pratos. Afinal de contas experimentar sabores e compartilhar experiências é o principal objetivo deste blog.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Risotto

A postagem de hoje é sobre um prato que considero uma de minhas especialidades, risoto. Talvez o mais famoso seja o risotto alla milanese criado devido ao ciúme de um pai cozinheiro. Alguns dizem que Valerio di Fiandra, mestre na fabricação de vidros colocou açafrão no risoto servido no casamento de sua filha para estragar o prato, mas o tiro saiu pela culatra. Os convidados que tiveram coragem de provar aquele arroz amarelo adoraram. Risoto é um prato típico do norte da Itália, mais especificamente da Lombardia. Frita-se a cebola levemente, mistura-se arbório e se vai deitando lentamente caldo de carne ou legumes dependendo do que queremos como resultado final.Por sua simplicidade permite inúmeras variações. Hoje utilizamos principalmente dois tipos de arroz, o arbório e o carnaróli, pois têm a capacidade de absorver grande quantidade de líquido sem se desintegrar e a camada espessa de amido torna o prato cremoso.
Não posso colocar uma receita de risoto sem um comentário agradecido a um grande amigo que me ajudou muito quando comecei a dar aulas, me dando provas de vestibular, material produzido por ele, livros que não utilizava mais, além de conselhos que me foram sempre muito úteis. O professor Ricardo Velloso. Além de ser um profissional excelente e uma pessoa fantástica, também é um chef de mão cheia e - deste sim tenho certeza - sua especialidade é o risoto. Os prêmios que já ganhou podem confirmar o que escrevo.

Risoto de leitão com shoyu, mel e alho-poró



Ingredientes

400g de pernil de porco em pedaços
100ml de shoyu
1 colher (sopa) de mel
Alecrim
Algumas folhas de sálvia
Gengibre
1 bulbo Alho-poró cortado em fatias finas
1 xícara de arroz arbório ou carnaroli
Uma cebola média picada
Azeite
2 colher (sopa) de manteiga
sal a gosto
Caldo de bacon com louro ou caldo de frango

Mode de preparar
Frite levemente as folhas de sálvia com o alecrim e reserve. Misture o porco, o shoyu, o mel, raspas de gengibre, as ervas fritas e deixe marinar por 12 horas. Retire o porco da marinada e reserve o líquido. Frite a cebola na manteiga com um pouco de azeite, quando estiver ficando transparente misture e arroz e o líquido da marinada. Deixe sorver bem e deite um pouco de caldo a medida que o arroz vai secando e acerte o sal. Enquanto isto frite o alho-poró levemente e coloque o porco. Deixe por quinze minutos aproximadamente. Quando o arroz estiver al dente misture tudo. Eu gosto de harmonizar este prato com um vinho frutado como os de uva torrontes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pão

O pão é produzido desde que o Homo sapiens deixou de ser nômade e passou a cultivar a terra começando a longa história das monoculturas. O povo egípcio foi o primeiro a utilizar fermentos no pão e também os primeiros a fazê-los em fornos. Ainda hoje em algumas culturas não se utiliza fermento no pão. Os judeus comem o pão ázimo, pois acreditam que o pão com fermento é impuro. De qualquer forma o pão é um alimento utilizado pela maiorias das culturas. Não tenho muita habilidade com massas, meus pães nunca ficam como eu quero. Ainda bem que existem padarias muito boas no meu bairro. Quando quero fazer algum prato que precise de pão eu recorro a especialistas. As padarias da rede Zaffari de supermercados são excelentes. Nunca me deixaram na mão.
A Bruschetta é um prato originário da região do Lazio e de Abruzzo na Itália. Hoje existem inúmeras variações deste prato. Geralmente são gralhadas, mas eu prefiro a maneira original: Frito no azeite abundante. Acho uma entrada fantástica, mas também pode servir como aperitivo para um bate papo de final de tarde regado a vinho tinto. Preferencialmente os mais tânicos.

Bruschetta de tomate e anchova


Ingredientes
6 fatias de pão italiano
Azeite
1 lata de tomate pelado
1 dente de alho milimetricamente picado
1/3 de xícara de azeitonas pretas picadas
Folhas de manjericão a gosto
6 filés de anchova em conserva
Sal a gosto

Modo de preparar

Pique os tomates, as folhas de manjericão e junte com o alho e as azeitonas. Misture bem e acerte o ponto do sal. Frite as fatias de pão no azeite. Coloque sobre cada fatia a mistura que fizeste com os tomates e adicione um filé de anchova sobre cada bruschetta.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Combinações

Apenas uma observação para aqueles que apreciam sabores como eu: enquanto faço esta postagem estou fumando um Cohiba Splendido e tomando um bom Merlot. Entre uma baforada e outra penso sobre combinação de sabores. Há os que digam que a melhor opção para acompanhar um charuto deste porte é um bom cognaque, inclusive os anúncios da Martell. Esta parceria domina as mesas de apreciadores de puros. Existem outras combinações que podem não ser clássicas, mas são indefectíveis: alecrim com cebola, manjericão com tomate, champanhe brut com morango, rúcula com tomate seco, chocolate com qualquer coisa que possamos imaginar...
Eu aprecio muito a parceria que faço entre penne al pesto e bife à milanesa. Obviamente vou compartilhar com os leitores e leitoras deste blog.


Penne al pesto com bife à milanesa


Penne al pesto

200g de penne (eu prefiro as massas de grano duro)
½ xícara de Folhas de manjericão
100g de castanha-do-pará
100g de queijo parmesão ralado na hora
Azeite

Modo de preparar

Coloque os ingredientes no liquidificador (menos o penne) e bata até obter uma consistência cremosa. Cozinhe o penne em água fervente com sal, escorra e misture tudo.

Bife à milanesa

400g de alcatra cortada em bifes
2 dentes de alho milimetricamente picados
Sal e pimenta-do-reino (moída na hora) a gosto
Um dedinho de vinagre de vinho tinto
Farinha de trigo
Farinha de rosca
3 ovos batidos
Óleo ou banha de porco para fritar

Modo de preparar

Misture os bifes ao alho, vinagre sal e pimenta-do-reino. Deixe descansar por 30 minutos. Passe os bifes na farinha de trigo, no ovo e na farinha de rosca respectivamente. Frite os bifes e escorra em papel absorvente.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Bolinhas de carne

Almôndegas de carne são um prato característico da cozinha grega, e também muito antigo citado nos textos de Apício e Panuto. No Brasil é comum misturarmos as bolinhas de carne com molho de tomate e macarrão. Gostinho de infância. Tem um prato do chefe Hamílton Mellão que eu gosto muito de fazer. As almôndegas levam maçã, canela e raspas de laranja na sua mistura o que as deixa com um sabor suave que combina muito bem com um bom ragu. Na receita de hoje indicarei um molho pronto. Outro dia coloco a receita de um ótimo ragu.


Spaghetti alla chitara con polpetinni



Ingredientes
400g de patinho limpo e moído
1 gema
½ xícara de farinha de rosca
1 maçã descascada milimetricamente picada
2 colheres (sopa) de salsa picada
Raspas da casca da laranja
1 pitada de noz-moscada
1 pitada de canela
Sal e pimenta-do-reino (moída na hora) a gosto
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de azeite
500g de molho pronto (eu indico o Salsaretti da Etti. Melhor custo/benefício)
300g de espaguete (eu uso o spaghettoni nº 7 da Barilla.)
Queijo pecorino a gosto
Queijo parmesão a gosto

Modo de preparar
Em uma tigela misture a carne, a gema, a farinha de rosca, a maçã, as raspas, a noz-moscada, a canela, sal e pimenta. Faça pequenas bolinhas e frite-as no azeite misturado com manteiga. Escorra em papel absorvente. Aqueça o molho, misture as mini-almôndegas. Quando estiver terminando de fritar as almôndegas coloque a massa numa panela com água fervente e sal. Quando a massa estiver al dente escorra. Misture tudo, polvilhe a salsa, os queijos ralados e sirva.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Enoexperiências




Não tem coisa pior para um apreciador de vinhos do que ir a uma reunião na casa de amigos e alguém te oferece um vinho dizendo: este tem o gostinho da uva. Se tem o gostinho da uva é suco de uva, não vinho. Geralmente é alguém que sabe do teu gosto pela bebida de Baco e fica insistindo pra tu provares, pois vais te sentir “embaixo dos pareral”. Já me aconteceu várias vezes. Que bom que criei um blog, assim posso desabafar sobre estes momentos de terror.
A fundação Ecarta, que fica ali na João Pessoa, número 943, promove apresentação de vinícolas e degustação de vários tipos de vinhos. Eu participo sempre que posso. No final do ano passado fui a uma apresentação da vinícola Tempus Alba. Provei uma série de vinhos e constatei que a vinícola é fantástica, mas o que me chamou a atenção foi o Tempus tempranillo. Esta uva é originária do norte da Espanha e produz vinhos com tatinos bem agressivos. Já o vinho Tempus produzido com esta uva apresenta taninos bem mais redondos do que os Espanhois. Calma, deve ter uma legião de enófilos me escomungando neste momento, mas lembrem-se que tudo é questão de gosto. Meu paladar não está acostumado com taninos agressivos o que é característico de alguns vinhos europeus. Prefiro os vinhos mais jovens característicos da América do Sul. Principalmente os produzidos na região de Mendoza. Pois aí vai a minha dica: Tempus tempranillo, que pode ser comprado na rede nacional de supermercados por um preço acessível. O custo/benefício vale a pena.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Frango na ceia de ano novo

Dificilmente vocês me verão comendo um prato que leve maionese industrializada. Somente em casos nos quais a curiosidade gastronômica fala mais alto. Porém, eu adoro salpicão. Para comer esta belíssima mistura fiz uma maionese caseira com ovos, azeite e óleo.


Salpicão de frango



Ingredientes:

500g de peito de frango desfiado
Um talo de salsão milimetricamente cortado
Um pimentão verde pequeno cortado em tiras finas
Um pimentão vermelho cortado em tiras finas
Uma cebola picada milimetricamente
Uma cenoura ralada grossa
Uma maçã picada
Suco de um limão siciliano
Meia xícara de uvas passa preta sem semente
Quatro colheres de sopa de azeite
Maionese caseira
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Batata palha

Modo de preparar

Misture todos os ingredientes em um recipiente, menos a batata palha, e leve à geladeira por 3 horas. Polvilhe com batata palha ao servir.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Pudim do Ocidente

Sou carnívoro de carteirinha. Como todo tipo de carne sem remorso algum. De alguns músculos gosto menos que de outros. Moela, por exemplo, não me apetece muito, coração só se for de galinha. As criaturas caçadas por apresentarem carne de gosto muito forte não têm minha preferência. Meus avós e tios adoravam caçar e comer o resultado de suas aventuras. Muitas vezes se alimentavam mais dos causos do que da própria caça. Apesar da minha predileção pela carne tenho que dar o braço a torcer quando me apresentam um prato no qual não há um resquício de animal abatido e mesmo assim me leva ao delírio. O restaurante Ocidente, que fica ali na João Teles esquina com a Osvaldo Aranha, fornece aos seus comensais uma das melhores combinações de comidas sem carne que eu conheço em Porto Alegre. Depois de se deliciar com o prato feito eles apresentam as opções de sobremesa. Não saio de lá sem pegar o meu bocado de pudim de iogurte. E para aqueles que, como eu, não se contentam com um pedaço apenas vou descrever como é feita esta delícia.



Pudim de iogurte


Ingredientes
400g de iogurte natural
400g de leite condensado

Modo de preparar
Misture bem, no liquidificador, os igredientes. Coloque numa forma de pudim e deixe em banho maria por 50 minutos. Leve à geladeira por 3 horas ou o tempo necessário pra desenformar sem quebrá-lo. Desenforme e comece a salivar.

companhia para o ceia

Pra mim, numa boa ceia de ano novo, tem uma criatura que não pode faltar. Não lembro de ter virado um ano sequer sem esta adorável criatura: o porco. Estava pensando em como preparar e qual parte preparar. O lombo do bicho me pareceu o mais adequado para o momento. Recheado obviamente. Porém surge outro dilema, rechear com o que?
Depois de pensar e olhar na minha coleção de receitas decidi que o recheio deveria conter bacon, maçã e uva passa.

Lombo de leitão recheado com bacon, maçã e passas.


Ingrediente:
1 lombo de aproximadamente 1Kg
Manjericão (Ocimum basilicum)
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Manjerona (Origanum majorana)
3 dentes médios de alho (Allium sativum)
Gengibre Itálico(Zingiber zingiber)
Sal e pimenta-do-reino (Piper nigrum) (moída na hora) a gosto
Azeite
100g de bacon picado
1 maçã (Malus silvestris) picada
Meia xícara de uva (Vitis vinifera) passa sem semente
Vinho branco (torrontes ou chardonay)
1 colher de sopa de Amido de milho

Modo de preparar:

Corte o lombo no sentido do seu comprimento de forma que fique um grande bife para podermos recheá-lo. Coloque um pouco de azeite no lombo. Faça uma marinada com o alho picado, manjericão picado, as folhas inteiras da manjerona, o alecrim picado, gengibre ralado, sal, pimenta e meia garrafa do vinho. Deixe marinar por 12 horas.
Recheio: numa frigideira coloque o bacon e deixe fritar por alguns minutos. Em seguida coloque a maçã e as uvas. Frite por um tempo e coloque meia xícara de vinho misturado com amido de milho. Para deixar o recheio cremoso. Recheie o lombo, amarre bem com barbante, cubra com papel laminado e leve ao forno médio por uma hora e meia sendo que na última meia hora o laminado deve ser removido.

Uma bebida para virar o ano


Para refrescar o calor que assola o verão dos trópicos nada como uma bebida criada na fria Europa: o champanhe. Contam que um monge beneditino chamado Pérignon a inventou no século XVII. Na verdade ele não inventou a composição, já que todo o estabelecimento eclesiástico recebia seu dízimo em cestos de uvas que eram utilizadas para preparar os vinhos de forma aleatória. Dom Pérignon somente transformou o processo, fazendo experimentos racionais com proporções minuciosamente calculadas formando uma composição harmônica de aromas. Mas quem industrializou a produção da bebida não foi um mestre de vinhos e sim uma comerciante nata: Nicole-Babe Ponsardin filha do maior fabricante têxtil de Reims. Depois de enviuvar de François-Marie Clicquot a viúva Clicquot (Veuve Clicquot) conquistou o mercado russo e deu o primeiro passo para difundir esta bebida que fazia cócegas nas narinas e papilas gustativas de nobres e burgueses.

Bellini
Preencha 1/3 da taça de champanhe com suco de pêssego e complete o restante com champanhe de sua preferência. Fica bom com demi-sec ou Brut.